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2012 - Livro Vermelho 2013

Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 25-04-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécieocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro com EOO de 102.394,7 km²,inclusive em unidades de conservação (SNUC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez;

Família: Lauraceae

Sinônimos:

  • > Licaria triplicalyx ;
  • > Aydendron verrucosum ;
  • > Aydendron verrucosum var. attenuata ;
  • > Aydendron verrucosum var. elongatum ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Caracteriza-se por folhas de estreitamente lanceoladas a elípticas, ramos angulares, inflorescências envolvidas por escamas foliáceas de disposição verticilada na base, estames férteis com anteras bilocelares, todos com par de glândulas e por seus frutos elipsóides envolvidos por cúpula de margem dupla (Quinet, 2006).

Dados populacionais

A espécie possui poucos estudos populacionais, mas estes demonstram que a espécie apresenta representantes nos estados onde ocorre.Foram amostrados três ind. na Mata da Silvicultura em Viçosa, MG (Amaro, 2010). Souza et al. (1999) na mesma área amostraram sete ind. Foram amostrados dois ind. no Parque Estadual do Rio Doce, MG (Silva Junior, 2008). Barros (2008) registro quatro ind. no Parque Estadual da Serra da Tiririca, Morro do Cordovil, Vale das Borboletas, Niterói, RJ. Apresentou valor de importância de 1,81 na comunidade de Silva-Jardim, RJ (Borém; Oliveira-Filho, 2002).

Distribuição

Ocorre nos Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Quinet et al., 2011).

Ecologia

Arvores monóicas, 3,5 a 6 m alt., ramos angulares, glabrescentes. Folhas alternas em todo o ramo, cartáceas a coriáceas, estreitamente lanceoladas a elípticas. Inflorescência bótrio terminal ou subterminal, envolvida na base por escamas foliáceas, glabras em disposição verticilada. Flores monóclinas, tépalas iguais, glabras. Fruto bacáceo, elipsóide, envolvido parcialmente por cúpula hemisférica. Ocorre na Floresta Estacional Semidecidual Submontana e Montana e na Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas e Montana (Quinet, 2006).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes Desde o início da colonização européia no Brasil, a Mata Atlântica tem sofrido com a degradação. Com a ocupação dos primeiros espaços territoriais próximos à região costeira e a exploração do pau-brasil, muita matéria-prima passou a ser explorada. Os impactos dos diferentes ciclos de exploração vieram, como o do ouro, o da cana-de-açúcar e, posteriormente, o do café. Novos ciclos econômicos, de desenvolvimento e de integração nacional surgiram e instalou-se de vez um processo de industrialização e, consequentemente, de urbanização, com as principais cidades e metrópoles brasileiras assentadas hoje na área originalmente ocupada pela Mata Atlântica, que fizeram com que sua vegetação natural fosse reduzida drasticamente. Somente no período de 2005 a 2008 o Estado de Minas Gerais teve uma perda de Mata Atlântica de 32.728 ha, o Rio de Janeiro desmatou 1.039 ha e o Espírito Santo 573 ha (SOS Mata Atlântica, 2009).

Ações de conservação

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: Considerada "Vulnerável" (VU) em avaliação do World Conservation Monitoring Centre 1998 (IUCN, 2011).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas protegidas como o Parque Estadual do Rio Doce, MG (Silva Junior, 2008) e Parque Estadual da Serra da Tiririca, RJ (Barros, 2008).

Usos

Referências

- AMARO, M.A. Quantificação do estoque volumétrico, de biomassa e de carbono em uma floresta estacional semidecidual no município de Viçosa, MG. Tese de doutorado. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2010.

- BARROS, A.A.M.D. Análise florística e estrutural do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niteroi e Maricá, RJ, Brasil. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Botânica Tropical, 2008.

- SILVA JUNIOR, W.M.D. Ecologia de florestas Atlânticas com ocorrência do Muriqui (Brachyteles spp.): Diversidade, sucessão secundária e estrutura nutricional. Tese de doutorado. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2008.

- BORÉM, R.A.T.; OLIVEIRA-FILHO, A.T.D. Fitossociologia do estrato arbóreo em uma topossequência alterada de Mata Atlântica, no município de Silva-Jardim, RJ, Brasil. R. Árvore, v. 26, n. 6, p. 727-742, 2002.

- SOLDATI, G.T.; DUQUE-BRASIL, R.; SILVA, T.C.D.; COELHO, F.M.G.; ALBUQUERQUE, U.P.D. Conhecimento botânico e representações ambientais em uma comunidade rural no Domínio Atlântico: bases para conservação local. Sitientibus série Ciências Biológicas, v. 11, n. 2, 2011.

- SOUZA, A. L.; COTA, A. P.; SOUZA, D. R. Um plano de manejo para a mata da silvicultura, Viçosa, Minas Gerais., Manejo Florestal, Universidade Federal de Viçosa, 1999.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2005-2008. 2009. 156 p.

- QUINET, A. Lauraceae na Reserva Biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia, v. 57, n. 3, p. 543-568, 2006.

- QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R. D. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB008533>.

- WORLD CONSERVATION MONITORING CENTRE. Urbanodendron verrucosum in IUCN Red List of Threatened Species. Disponivel em: <www.iucnredlist.org>. Acesso em: 30/03/2011.

Como citar

CNCFlora. Urbanodendron verrucosum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Urbanodendron verrucosum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 25/04/2012 - 18:06:23